modular é necessário
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
Festa de lançamento do livro "O CÉU É MEU", de PATRICIA MAÊS.
Sarau com leitura de textos, além de muita música.
Participação amiga dos escritores Luis Malta Louceiro e Isa Baccara.
Música de Rodrigo Borges e Gabriel Guedes.
20 de Março de 2013 - 19:30
Godofredo Bar - Rua Paraisópolis, Belo Horizonte
Sarau com leitura de textos, além de muita música.
Participação amiga dos escritores Luis Malta Louceiro e Isa Baccara.
Música de Rodrigo Borges e Gabriel Guedes.
20 de Março de 2013 - 19:30
Godofredo Bar - Rua Paraisópolis, Belo Horizonte
A estética da contenção
Os contos de Patricia Maês não podem ser lidos com olhos forasteiros. Ou
seja, olhos contaminados pela realidade prostrada; por noções gastas acerca de
poder, sensualidade, anima,
animus, espaço, tempo, alteridade, subjetividade, objetividade. Livre-se das
expectativas pautadas na literatura vigente, na escrita do estarrecimento; não
é tratamento de choque, embora conte com rupturas inesperadas, com o elemento
surpresa. O mundo a ser apreendido é o mundo dos sentidos, dos sentimentos, dos
sensíveis, dos delicados. Aqui,
as personagens não são apenas criaturas de papel, entidades fictícias, mas,
ícones do mundo interno da autora e de leitores. Deste modo, personagem, autora e leitor se tornam ponte para uma
travessia possível.
É um livro sem criptografias; sem fardos; sem cargas; nele belezas
emergem das ruínas; e a vida soa leve
porque os contos são calmos. Eles cedem às personagens e ao leitor a
chance de recriar a vida e desejos
no campo da imaginação, da arte.
Na esfera onde chumbo vira pluma nada
é proibido, pois, é terreno onde permissividades se manifestam livremente. A autora dispensa o texto complexo, encharcado
e faz a sábia opção por uma linguagem clara que se contraponha ao tema – que já
é, por si só, absolutamente vasto e complexo. O resultado é um texto sem
bijuterias, sem o cheiro forte dos perfumes, sem rompantes verbais e,
paradoxalmente, sem previsibilidades. O discurso direto, nada de exageros metafóricos
ou entulhos verbais, abre fendas que servem como pontes levando ao silêncio do
próprio leitor.
Ser sublime é um ato de coragem. Sempre foi. Hoje um tanto mais. “Vou
escrever esta história pra provar que eu sou sublime”, como reafirma o poeta em
“Tabacaria”. Eu disse a mim mesma, já no primeiro conto: "Vou
ler e me ler neste livro pra atestar
se sou sublime". Sim, é o que é: um livro sublime, no sentido mais
profundo do termo. Porque tem a ousadia de trazer de mundos submersos condições
humanas inutilizadas, descartadas; descarte que é causa da degradação que nos
assola, e aqui estamos diante de um basta. Basta ao excesso de exposição que
nos levou mais do que nos deu. Basta a princípios de liberdade que se perderam nos próprios fins e ao
extravasamento que se deslocou da
ideia matriz desembocando em valores completamente deturpados.
É um livro sensual; uma prosa
que em sua raiz estilística exacerba o brado retumbante da poética de
Adélia Prado: "Erótica é a alma". Porque mostra-nos, por meio da sugestão, que
sensualidade não tem qualquer relação com o explícito, mas, com o sugerido. A
sugestão é mais instigante, incita os sentidos e o desejo de descoberta.
O livro de Patricia é elegante, charmoso, delicado, rico em significados
profundos, cheio de silêncios bem articulados. É uma
escrita cuidadosa. Cuidadosa com o leitor, cuidadosa com as personagens,
cuidadosa com uma escala de valores truncada no curso dos eventos. Falta ao mundo mais charme, mais
gentileza. Patricia Maês sabe disso e nos dá um livro gentil, oferece-nos um
jantar generoso, sem gula. É uma anfitriã preparada, zelosa. Acostumada a
receber bem as pessoas.
Este livro, caro leitor,
é uma casa muito bem decorada e
carregada de zelos. Reduza o ritmo, dê a si mesmo um pouco de privacidade. Leia com a memória dos
esquecidos, leia como quem sofreu uma amnésia; recrie seu tempo, espaço, seu
ser no tempo e no espaço. Pressinta algo desgovernado no mundo,
pressinta-se desgovernado. Pare o seu mundo e entre nele – sozinho. Porque o seu mundo é só seu.
Indivisível.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Festa de lançamento do livro de contos "O CÉU É MEU", de PATRICIA MAÊS.
Sarau com leitura de contos e textos críticos sobre a obra, além de muita música.
Participação amiga de Luis Malta Louceiro e Isa Baccara.
Música de Rodrigo Borges e Gabriel Guedes.
20 de Março de 2013 - 19:30
Godofredo Bar - Rua Paraisópolis, Belo Horizonte.
Sarau com leitura de contos e textos críticos sobre a obra, além de muita música.
Participação amiga de Luis Malta Louceiro e Isa Baccara.
Música de Rodrigo Borges e Gabriel Guedes.
Godofredo Bar - Rua Paraisópolis, Belo Horizonte.
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