Gosto de quem tem a alma na cara.
Como nas depressões que acompanham as guerras, este é um tempo de olhar para dentro e amparar o que há de mais impenetrável e precioso, a consciência da consciência.
Tantos se venderam e tantos estão se vendendo neste exato momento em que escrevo isso... pessoas que até já foram referência produzindo arte e beleza, inspirando ética - aquela intrínseca ao mais sutil valor do espírito - mas que hoje estão completamente ao rés do chão, entregues a uma espécie de masoquismo moral e valendo tão pouco, que mal podem se olhar no espelho ou se aguentar sobre as pernas.
Tantos se venderam e tantos estão se vendendo neste exato momento em que escrevo isso... pessoas que até já foram referência produzindo arte e beleza, inspirando ética - aquela intrínseca ao mais sutil valor do espírito - mas que hoje estão completamente ao rés do chão, entregues a uma espécie de masoquismo moral e valendo tão pouco, que mal podem se olhar no espelho ou se aguentar sobre as pernas.
Na hora da crise todo mundo pode mostrar a que veio, e é estranho saber que enquanto os despertos estão justamente se soltando com vigor da ilusão medíocre que os fazia ser uma engrenagem na máquina de fabricar a falta de autoestima de toda uma população, ainda tem quem esteja dando a alma, a mãe, a paz, a coerência, o sexo e a vergonha na cara em troca de algum benefício "profissional".
É um privilégio viver este tempo, ver o que continua e o que se desfaz.
É um privilégio viver este tempo, ver o que continua e o que se desfaz.
imagem - M Worral
Nenhum comentário:
Postar um comentário