modular é necessário







quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fala de Larissa, a personagem compositora da peça “Opus 48”.
  
“... Eu estava quieta até ali, não conhecia outras realidades além do cotidiano de alguém que é muito jovem... e eu só seguia as regras, cumpria os compromissos, distraida o tempo todo até da minha própria natureza.
Mas a música dele tocou. E as regras na minha vida acabaram.
Dali em diante meus dias ganharam objetivo: aprender a viver naquele espírito.
Aquela música era um verdadeiro compêndio de comportamento feliz, pensamento feliz, uma esperança desenfreada e inabalável de que o futuro não tinha nada de amedrontador.  
Era um som de total liberdade... que me presenteava com uma espécie de toque mágico: tudo o que eu tocasse viraria outra coisa.
E eu descobria deslumbrada meu uso do ar novo, essa maneira de inspirar o vento da música e depois exalar o vento da transformação.
Sim, virei a portadora de grande revolução... imensa responsabilidade tanto despojamento.
O menor suspiro, minhas risadas, minhas explanações, tinham a missão maravilhosa de mudar. 
Mudar. Que força.
E tudo isso é verdadeiro, aconteceu de fato: eu fui mesmo “reanimada” naquele encontro com os sons dele.
Nasci assim."
Patricia Maês
Na peça, isso é para um compositor.
Mas hoje eu até dedicaria as mesmas palavras ao Glenn Gould, no post acima.

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