Há a calma e ela queria ensinar
respiração. Ministrar cursos de prazer com o ar seria de nobreza absoluta. Um
anúncio no jornal? Seus amigos não se interessavam pela ciência longamente
sistematizada, compêndios escritos ao longo dos anos, enquanto sentia crescer a
mudança, o apurar da técnica, ideias de descobertas a mais. E isso ia se
desenvolvendo sem pretensão nos intervalos de qualquer atividade, anotações
impulsivas nas agendas sempre à mão, aquilo que agregava mais valor ao dia e a
fazia sorrir. Anotava tudo o que descobria sobre essa arte, às vezes pequenas mas
significativas observações sobre como o corpo respondia a tudo. Agora ela aperta
suas coxas deixando-as marcadas, inspira junto com o movimento dos dedos, em
garra. Mas só a pele na pele não adianta. O movimento do ar entrando e saindo é
que dá a ideia da temperatura do contato. Sim, como não acreditavam nela?
Quanto prazer desperdiçado.
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